CORSAN Pública e para Todos
De posse dos fatos ocorridos na semana do dia 18 de março, podemos assistir a queda das máscaras de muitos representantes políticos do povo rio-grandense, que ludibriaram deslavadamente uma classe trabalhadora que vem prestando suporte à população em meio aos percalços da pandemia e o desmonte da estrutura pública promovido pelo governo do RS.
O discurso de uma empresa deficitária é mentiroso, tanto como a necessidade de modificações nos contratos de programas já firmados. É público o fato de que a direção da empresa, nos últimos, anos abriu mão de recursos a fundo perdido para investimentos na região metropolitana com o nítido propósito de embasar o mesmo discurso que hoje o governador balbucia ao público, de que a CORSAN não tem mais poder de investimentos.
Ora, sejamos razoáveis, os bancos públicos de fomento são os maiores patrocinadores de infraestrutura no país, pois possuem juros inferiores em comparação aos financiadores privados. Então, se o dinheiro público ainda será usado para bancar as empresas privadas, por que não criar linhas de crédito nos modelos do PAC para as empresas estatais cumprirem seus contratos e, principalmente, seu papel social de levar água tratada e tratamento de esgotos onde mais é necessário?
O discurso do governo do RS é ilógico, mentiroso e só traz mais insegurança aos empregados e à instituição nesse momento de crise sanitária que o Brasil vive – e que é constantemente ignorado pelos representantes da nação, em especial, pelo Presidente da República que, diga-se de passagem, tem apoio partidário do governador do RS.
A criação de 20 cargos em comissão (CC’s) na CORSAN no apagar das luzes de 2020, com salários acima dos aplicados na companhia, e que tiveram como pano de fundo a necessidade de uma estrutura voltada para governança e IPO, só abalou a credibilidade que o corpo funcional e a população gaúcha tinha com a CORSAN. Atrelado ao constante desmonte das condições de trabalho, o score da Companhia tendia a cair perante a opinião pública. Mesmo assim, pra não ter dúvidas de que atingiria seus objetivos privatistas, o governo trabalhou junto ao legislativo para desobrigar a consulta pública (plebiscito) prevista na constituição do RS para venda de empresas estatais.
A falsidade é marca registrada da política que aí está, que não tem compromisso nenhum com o papel social do serviço público e com o bem-estar das pessoas que contribuem diariamente para prestar atendimento a quem mais precisa.
Lamentavelmente, a quebra de promessas de campanha é coisa irrelevante aos olhos de certos políticos, mas podemos afirmar que aos seus eleitores isso não passará despercebido.
Seguiremos na luta em defesa da CORSAN pública, eficiente e fundamental no desenvolvimento estratégico de nosso estado!
