É difícil
encontrar uma razão para entender a obsessão do governo Bolsonaro em privatizar
a Eletrobras. Trata-se de uma companhia estratégica, lucrativa e importante
para a segurança energética do país. Além disso, tem atuação inovadora e ações
voltadas para a conservação do meio ambiente e criação de novas fontes de
energia.
É o que
demonstra o Relatório Anual 2020, produzido pela estatal. De acordo com
o documento, entre 2018 e 2020 a Eletrobras gerou cerca de R$ 30 bilhões de
lucro. Apenas em 2020, a empresa investiu R$ 472 milhões em tecnologia e
inovação, conduzindo mais de cem projetos de pesquisa.
A
Eletrobras assumiu o compromisso de compensar 100% suas emissões de Gases de
Efeito Estufa (GEE), e passou a prever bônus na remuneração de seus dirigentes
a partir de metas ambientais. Em 2020, foi habilitada a emitir “green
bonds”, os chamados títulos verdes, para financiar projetos de energia
eólica e solar.
Ou seja, trata-se de uma empresa com boa saúde financeira e grande importância para o país nos setores energético e ambiental. Além disso, é inovadora, ao contrário do que pregam defensores da privatização (e a iniciativa privada no brasil é pouco focada na inovação).
Estatais
inovam mais
Por mais
que o Governo Federal minta para que as pessoas pensem o contrário, as empresas
estatais inovam mais do que as privadas. Segundo o IBGE, a cada 10 empresas de
cada setor, 7 estatais criam produtos ou tecnologias, contra 4 privadas. 27,8%
das estatais lançam novos produtos e 29,2% implementam processos inéditos no
país – no caso das privadas esses números são de 4,4% e 2,4%, respectivamente.
Investindo
em pesquisas e conhecimento, a Eletrobras cumpre o seu papel como uma
verdadeira estatal, colocando em primeiro plano o bem-estar social e não o
lucro – e ainda é extremamente lucrativa, como mostramos anteriormente.
Não seria essa a prática de uma empresa privada, tanto no que diz respeito a pesquisas e inovação como no enfoque no meio ambiente.
Privatização
aumentará tarifas
A
Eletrobras é nossa maior empresa do setor e é responsável pela geração de 30% e
distribuição de 45% da energia do Brasil. No Rio Grande do Sul, atua por meio
de sua subsidiária Eletrobras CGT Eletrosul.
A empresa
tem redes de energia em todo o território brasileiro, podendo realizar ações
coordenadas para garantir a segurança energética da população, o que seria
impossível no caso de empresas privadas.
Outro
fator importante é que, segundo estimativas, com a privatização da Eletrobras a
tarifa da energia no Brasil sofreria um aumento de ao menos 14%, o que impactaria nas contas da população e nos preços de
produtos e serviços, afetando de forma direta o custo de vida de todos.
São muitos os argumentos contra a privatização da Eletrobras, empresa lucrativa e importante para o povo brasileiro. Mas Jair Bolsonaro e Paulo Guedes só entendem outro tipo de linguagem, a do dinheiro e de seus interesses contrários ao da maioria da população.
Fonte: SINTEC-RS
