As Diretorias do SINTEC-RS, SENGE-RS e Senergisul lançaram uma nota de repúdio aos ataques feitos Intersindical dos Profissionais de Nível Médio e Universitário da ELETROBRAS – CGT ELETROSUL à Usina de Candiota e seus trabalhadores. Em uma série de três boletins a Intersindical posicionou-se contrária à fusão ocorrida entre a Eletrosul e a CGTEE, atacando a Usina de Candiota e defendendo sua privatização.
Confira a nota completa:
O Sindicato dos Técnicos Industriais – SINTEC-RS, Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul – SENGE-RS e o Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande Do Sul – Senergisul vêm a público manifestar seu repúdio em relação ao posicionamento da Intersindical dos Profissionais de Nível Médio e Universitário da ELETROBRAS – CGT ELETROSUL, que de forma sistemática, imprecisa e falastrona, vem atacando a Usina de Candiota e seus trabalhadores.
Importante lembrar o que a história conta: tanto a ELETROSUL quanto a CEEE (sua parte térmica que futuramente se tornou a CGTEE!) têm em seus primeiros passos a geração termelétrica a carvão. Logo, podemos afirmar que o carvão impulsionou as duas grandiosas empresas, tanto na geração quanto na qualificação técnica de seus empregados. E não só no passado!
Atualmente o cenário energético demonstra escassez de energia, oportunizando afirmar que o carvão mineral faz parte da solução para o sul do Brasil, sendo a única fonte térmica capaz de competir com o gás natural, ou seja, o carvão de Candiota é o “oceano azul”, basta que haja o reconhecimento e bom senso.
O preconceito passa pelo desconhecimento e “teimosia” de quem não quer assumir desafios e ter ousadia. O bom senso está em utilizar os recursos disponíveis; todas as fontes de energia devem fazer parte da solução, cada uma com seu papel determinante, e deve-se sim evitar fontes sem controle ambiental, com técnica e competência. Ou podemos dizer que o diesel polui menos, em fontes de emissão dispersas?
A sustentabilidade é composta por 3 grandes pilares: a geração térmica a carvão possui grande robustez, nas áreas social e econômica, e na área ambiental temos tecnologia adequada. Comparado a fontes que normalmente o ONS despacha por dificuldades eletroenergéticas, estamos dentro do aceitável.
Seguindo um pouco mais, a cadeia produtiva, essa só “louco” consegue destruir, temos duas grandes indústrias de cimento ao lado da usina. Somos sim fornecedores de “matéria prima para o sul do Brasil”, diversos produtos são constituídos pela cinza de “Candiota”.
A UTE passou sim por problemas técnicos, contudo em sua grande parte superados, a exemplo de fevereiro deste ano, em que bateu seu próprio recorde de geração mensal. Os empregados conseguiram tirar do papel um sonho, o beneficiamento de carvão, em que de forma nunca vista em resultados apresentados, prazos executados e outros tantos benefícios, hoje utiliza carvão “limpo” no processo termelétrico.
NÃO EXISTE A POSSIBILIDADE DE COMPARAR OS RESULTADOS PASSADOS COM OS ATUAIS!
PARABÉNS EMPREGADOS DA CGT ELETROSUL!
A VIABILIDADE DA UTE, E FUTURAS INSTALAÇÕESPASSOU PELAS MÃOS DOS TRABALHADORES.
Por fim, caso ainda decida ser o “teimoso”, significativa parte da atual receita da CGT Eletrosul vem da Usina de Candiota!
Vamos ao assunto: em uma série de três boletins a Intersindical posicionou-se contrária à fusão ocorrida entre a Eletrosul e a CGTEE, atacando a Usina de Candiota e defendendo sua privatização. É lamentável observar a falta de unicidade no discurso sindical, ainda mais em um momento tão delicado para toda a classe trabalhadora, em que os governos Federal e Estaduais fomentam a precarização e destruição do patrimônio público.
Diferente do que foi apresentado na série de boletins veiculados pela Intersindical, a Usina de Candiota se encontra em situação muito melhor, com um quadro atual de funcionário enxuto e altamente competente e realizando modificações que irão garantir condições de alavancar a geração de energia. Além disso, é importante destacar que os dados que constam no material publicado pela Intersindical estão totalmente fora de contexto e desatualizados, pois são informações relativas ao ano de 2017.
O projeto de ampliação da capacidade de geração a carvão, denominado Candiota III (Fase C), com 350 MW, teve origem em um projeto concebido pelo governo do estado do Rio Grande do Sul no início da década de 80. A construção desse empreendimento significou a retomada da utilização do carvão na produção de energia elétrica para atendimento do mercado brasileiro, duplicando o consumo deste combustível no Rio Grande do Sul e propiciando geração de empregos e distribuição de renda na Metade Sul do estado – região cuja economia por um longo período esteve estagnada.
Em um claro e total desrespeito para com os trabalhadores e trabalhadoras, a Intersindical associa a Usina de Candiota à expressão “piratas do Caribe” em boletim veiculado em fevereiro de 2021, entre outros ataques e ofensas. Além da contribuição para o desenvolvimento do município, conforme mencionando anteriormente, a Usina de Candiota é a mais moderna usina brasileira movida a carvão.
Portanto, as entidades representativas dos trabalhadores do Rio Grande do Sul repudiam os ataques direcionados à Usina de Candiota e reiteram a necessidade de unicidade de discurso no movimento sindical, pela ampla defesa da classe trabalhadora. Não será através de levantamentos levianos e apontamentos irresponsáveis que as divergências quanto à fusão da Eletrosul com a CGTEE serão resolvidas. As entidades não compactuam com quaisquer ataques direcionados para categorias profissionais.
Por fim, questionamos: pelo que realmente vocês estão lutando?
Diretorias SINTEC-RS, SENGE-RS e SENERGISUL
